segunda-feira, 23 de agosto de 2010

encontos anônimos I

a moça e o mendigo

no dia em que fui pega espancando um mendigo só gritavam absurdo! que absurdo! como é capaz de fazer isso uma garota tão bonita? não entendi a reação das pessoas...

o mindingo-digo-mendigo vale quanto? 75 centavos a menos depois das compras, ouvi a mulher do terceiro absurdo pensar. para o homem do primeiro valia menos.

eu só queria que ele sentisse (mais) dor pois o odor é forte na calmaria.
mas ela veio e, quando o cheiro de merda e suor se fez presente mais uma vez no ar narinas boca etc. o homem, com os buracos da estrada no rosto e a gasolina do senhor a escorrer pelo nariz, me disse obrigado, moça. por nada.

o banho – ou como J. K. e R. enxergam os próprios corpos


a água escorre indiferente assim como pele músculo ossos e veias. J. sente na vagina e (resto de) pregas uma vida que não serviu para nada. não olhava para o corpo, que, afinal, não pertencia a ela.

nota-se que há espelhos por todo o banheiro. o corpo é belo. o corpo é belo. o corpo é belo. o corpo é belo. o corpo é belo. isso é tudo que precisam saber sobre R

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Virando a página

Leitores inveterados